O Programa Conhecendo o Oeste do Paraná, roteiro de Foz do Iguaçu foi pensado pela Secretaria Municipal da Educação - SMED no ano de 1998, mas somente anos depois foi organizado para completar o ciclo de estudos do meio e de visitas técnicas no qual os alunos dos terceiros e quartos anos da Rede Municipal de Ensino de Toledo iniciam com o Programa Conhecendo Toledo e finalizam no quinto ano, com o Programa Conhecendo o Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu. Posteriormente, esse programa foi estendido para os alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA. 

O município de Foz do Iguaçu foi escolhido para as visitas técnicas de alunos e professores devido ao seu contexto histórico, geográfico e ambiental. A visita técnica tem cunho ecopedagógico que auxilia o professor em sala de aula no quesito metodológico nos componentes de História, Geografia, Ciências e Educação Ambiental. Essas visitas têm o objetivo de levar o aluno a compreender os conteúdos estudados por meio da observação, da análise e da interpretação in loco. 

Chama-se de visita técnica por estabelecer como atividade complementar os conhecimentos teóricos. Essa prática é importante, pois é uma ferramenta de ensino para o professor, que auxiliará os alunos na condução das aulas, permitindo-lhes o contato com a aplicação prática dos conteúdos apreendidos em sala de aula.

Na visita técnica à Foz do Iguaçu, estão envolvidos professores, técnicos das instituições parceiras, alunos, pais e equipe pedagógica. Anualmente, aproximadamente 1.700 alunos, 150 professores, cinco técnicos e três coordenadores da equipe pedagógica participam. 

    As visitas são realizadas com ônibus licitados pelo setor de transportes da SMED. Como contrapartida das partes envolvidas, a secretaria é responsável pelo transporte, a escola e os pais/responsáveis são incumbidos da alimentação e dos ingressos em alguns locais nos quais a SMED não os consegue gratuitamente. Caso algum responsável pelo aluno autorizá-lo(a) a realizar a visita técnica, mas não tenha condições financeiras, deverá entrar em contato com a escola e negociar ou solicitar tal ajuda. 

Os parceiros desse projeto são: Parque Nacional do Iguaçu - Escola Parque, Parque das Aves, Itaipu, Ecomuseu e Refúgio Biológico.

A seguir, apresenta-se um histórico resumido dos locais onde as visitas técnicas ocorrem. 

1 Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional 

A Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional começou a ser construída em 1974, com a chegada das primeiras máquinas no canteiro de obras. A usina é líder mundial em produção de energia limpa e renovável, sendo a maior usina geradora de energia do planeta. Além disso, a Barragem de Itaipu é uma enorme barragem hidroelétrica no rio Paraná, entre o Brasil e o Paraguai. 

Os alunos, nesse local, realizam a visita panorâmica, conhecem o espaço onde foi construída a usina, como a barragem. Ali observam o volume de água, a queda, o paredão de concreto e a preservação ambiental no percurso até a barragem.

 2 Parque das Aves

O parque das Aves está localizado ao lado da entrada do Parque Nacional do Iguaçu, sendo um santuário ecológico no qual são mantidas e preservadas diversas espécies de aves e outros animais. O parque é considerado o maior espaço de preservação de aves da América Latina.

No local, há 16 hectares de Mata Atlântica, mais de 1.300 aves de 130 espécies. Mais da metade das aves é proveniente de apreensões dos órgãos competentes; por isso, o parque tem um papel muito importante na reabilitação e na conservação de espécies que sofrem com o tráfico de animais, assim como participa de diversos programas de conservação.

Os alunos, nesse espaço, passam por trilhas observando as aves e a floresta, um patrimônio natural, além da interação da fauna e da flora da Mata Atlântica.

3 Cataratas do Iguaçu

Localizadas entre o Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, e o Parque Nacional Iguazú, em Missiones-Argentina, as Cataratas do Iguaçu são um conjunto de 275 quedas de água no Rio Iguaçu, na fronteira entre os dois países: Brasil e Argentina. 

A história do Parque Nacional começou no ano de 1916, com a passagem por Foz do Iguaçu de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação, o legítimo fundador. Maravilhado com as belezas de Foz, ele foi o principal interventor para a criação do Parque Nacional. A área que hoje é o Parque pertencia ao uruguaio Jesus Val. Santos Dumont intercedeu junto ao Presidente do Estado do Paraná, Sr. Affonso Alves de Camargo, para que fosse desapropriada e tornada patrimônio público. No dia 28 de julho, por meio do decreto nº 63, foi declarada de utilidade pública com 1.008 hectares. A partir de 1939, por decreto do Presidente Getúlio Vargas, a área passou a ter 156.235,77 hectares. Em 1994, os decretos nº 6.506 de 17 de maio e nº 6.587 de 14 de junho consolidaram e ampliaram a área do Parque Nacional, dando-lhes os limites propostos pelo chefe da seção de Parques Nacionais. Atualmente, os limites são 185.000 hectares. Em 2007, as Cataratas foram consideradas Patrimônio Natural da Humanidade e uma das Sete Maravilhas da Natureza do mundo.

Nesse local, os alunos contemplam toda a imponência do Rio Iguaçu, uma experiência na natureza a partir de uma caminhada em trilhas no meio da mata e a imensidão das quedas d’água do Rio Iguaçu.